terça-feira, 29 de junho de 2010

# A FELICIDADE MORA AQUI #




# A FELICIDADE MORA AQUI #

Nesta linda paisagem,
Todos os dias se diz BOM DIA.
Não é uma miragem,
Para quem deseja alegria.

Nesta casinha lindíssima,
Mora a felicidade.
Uma Mulher digníssima,
Que me oferece a caridade.

Vivo nesta árvore gigante,
Para que possa-te ver.
Quando vejo á janela num breve instante,
Minha felicidade cresce a valer.

Como dois amigos se compreendem,
Vivendo a longa distância.
Falam de tudo e se entendem,
Mesmo que haja alguma discordância.



Manuel José

“ SOMENTE MÚSICA “



“ SOMENTE MÚSICA “


Se um dia me encontrares,
Dá-me música, somente musica, na vida.
Permite-me que ao declamares,
Tenhas estudado os papéis minha querida.

Se fores uma verdadeira actriz,
Encena com arte e devoção.
Permite-me ver aquilo que quis,
Quando te pedi a tua mão.

Ah viver só neste cenário e ficção,
Sem ter deveres nem gente.
Sonhar, reviver amores com emoção,
Me faz caminhar mais p’ra frente.

Viver só na vida,
É a maior tristeza que existe.
Mas se tirarmos a máscara na despedida,
A ficção mais dolorosa que no mundo persiste.



Manuel José

= EU PRECISO TANTO DE TI =



= EU PRECISO TANTO DE TI =

Eu preciso tanto de ti
como a luz nos olhos meus,
como o ar para respirar
como o sol que vem do céu.

Como as aves nos seus ninhos
como a flores frescas nos jardins,
como os pássaros que voam sobre mim
como o aroma de um campo de jasmim.

Eu preciso tanto de ti
como a noite com luar,
como as estrelas que cintilam lá no céu
e necessitam da energia para brilhar.

Eu preciso tanto de ti
como o poeta do simples trovador
como os pássaros a cantar
Ah… como eu preciso do teu amor.

Obrigado meu Pai



Manuel José

«« PARTISTE SEM NADA ME DIZERES »»



«« PARTISTE SEM NADA ME DIZERES »»

Como é triste…
Neste dia que pensava ser alegre…
Partiste…
Deste meu simples casebre…

Senti o teu partir…
Nada disseste…
E ao te ver fugir…
Porque o fizeste…

Que vazio… vazio enorme…
Fica aqui no meu coração…
Até que me conforme…
Desta minha desilusão…

É como uma pedra fria…
Feia imensa e inerte…
Naquela onda vazia…
Não sei como a conserte…

Mas o tempo vai passar, dia após dia…
Através de ilusões e desenganos…
Quem me dera a mim ter a alegria…
De te ver regressar todos os anos!...


Manuel José

sexta-feira, 4 de junho de 2010

«« LÁGRIMAS PARA QUE SERVES!... »»




«« LÁGRIMAS PARA QUE SERVES!... »»


Um certo dia fiquei a cismar noutras eras,
Quando me ria e cantava, em que era querida.
Pareceu-me que foi noutras estretoferas,
Certamente talez tenha sido noutra vida ...


Com a minha triste boca verdadeiramente dolorida,
Que dantes tinha o rir das paisagens da primaveras.
Esbateu-se as linhas agudas, graves e severas,
E cai num abismo abandonado e esquecida!


Triste, pensativa, olhando em vago ...
Tomei a brandura plácida e profunda dum lago.
O meu rosto de monge feito de puro marfim ...
E de lágrimas que choro, brancas e calma.


Ninguém , nem mesmo eu as vejo brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!
Somente sinto a anustia enfim,
De quem chora verdadeiramente sem ter calma.


Já sem nada sentir,
Elas me escorrem pelas faces.
São como as flores a florir,
Sem que te preocupe ou maces.

Mas ainda gostava de entender,
Para que servem as lágrimas,
As lágrimas do meu querer,
Aventuradas são as tuas lindas páginas.

Páginas que escrevi,
Tanto para aprender.
Página que nunca as vi,
As lágrimas de eu crer!...




Manuel José

AS MINHAS ILUSÕES DO PÔR-DO-SOL




«« AS MINHAS ILUSÕES DO PÔR-DO-SOL »»


Está na hora sagrada dum entardecer,
É Outono, estamos à beira-mar, cor de safira.
Soa no ar a semblante e invisível lira ...
O Sol está tão doente a enlanguescer !...

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Uma vaga junto ao farolva estende os braços a suster,
Numa dor de revolta cheia de prazer e de ira.
A loira cabeça de menina que me delira,
Num último suspiro, me faz estremecer!

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O Sol quase a morrer ... e veste de luto o mar ...
E eu vejo a urna de oiro, a balouçar,
Na flor das ondas, num lençol de espuma.

##

Ondes as minhas Ilusões, doce tesoiro,
Também as vou ver levar em urna de oiro,
No mar da Vida, assim ... uma por uma ...

##

E tu somente mais uma,
Longa e eterna noite me vais aparecer.
Neste pequeno dia sem mais nenhuma,
De querer somente a ter ao amanhecer.

##

Já são horas de ir para casa,
Toda a gente me espera.
Só tu dona de casa,
Foste a Rainha da minha longa Primavera.

##

E neste momento que te perdi,
Nada mais sei o que dizer.
Para sempre desapareci,
Do teu pensamento farol menina de eu querer mover....




Manuel José

«« NOS TEUS OLHOS »»




«« NOS TEUS OLHOS »»



Nos teus olhos a brilhar,
A luz da tua paixão.
Eles fazem-me despertar,
A beleza do teu coração.

No teu coração dourado,
Há lindos sonhos e fantasia.
Se o sentires apaixonado,
Deixa-o respirar em cada dia.

Dança comigo esta Valsa,
Deixa teu coração se libertar.
Numa harmonia descalça,
Sopra o vento para respirar.

Onde estás felicidade?
Estampada nesse rosto.
Não encontro outra beldade,
Com o preciosismo posto.



Manuel José

«« A DANÇA DOS NOSSOS SONHOS »»




«« A DANÇA DOS NOSSOS SONHOS »»



Fitei em primeiro a lua,
De seguida a floresta escurecida.
Postada na janela para a rua,
Daquela brisa esquecida.

Seguidamente, tudo se moveu,
Naquele silêncio lunar.
De onde as nuvens brancas desceu,
Um sentido e vago turbilhonar.

Lentos, lentos e leves sozinhos,
Do Além os olhos do meu ver.
Eram os impensáveis vizinhos,
Que bailavam a seu belo prazer.

Tua leveza envolvia,
A angústia do meu coração.
Nele morava a fantasia,
Duma ilusória vida sem razão.

Meu coração recordava,
Os tempos de ante-amor e lar.
Vividos naquela madrugada,
Tua dança mais terna do meu sonhar.



Manuel José

«« BEIJO EM TUA ALMA LINDA!! »»



«« BEIJO EM TUA ALMA LINDA!! »»



Beijar tua doce e nobre alma,
Não é como um beijo na boca ou no rosto.
É um carinho terno, simples com calma,
Para quem se encontra menos bem-disposto.

Esse beijo cada vez mais frequente,
Percorrendo o corpo livre e suavemente.
Dado na alma de toda a gente,
Permanecendo na vida regularmente.

Penetra docemente com toda a perfeição,
No espírito, juntas e medulas com difusão.
Ficando gravado nas profundezas do coração,
Por cada humano compenetrado com dedicação.

É um beijo simples e singelo,
Que as vezes passa desapercebido.
Não pode ser quebrado pelo martelo,
Naquele deserto quente e desprotegido.

É um beijo puro, genuíno, sem malícia,
Agradável afável, amigo e aconchegante.
Traz a paz, a ternura e a preguiça,
Quando alivia a dor mais desconfortante.

É como se o tocar do dedo de Deus,
Permanentemente na minha ilusão.
Poderia dissertá-lo minuciosamente aos céus.
Dizendo beijo terno do meu coração.



Manuel José

«« DEBAIXO DAS ESTRELAS »»



«« DEBAIXO DAS ESTRELAS »»

Estou debaixo das estrelas mas não me lamento,
Nesta noite onde me ronda a eterna amargura.
Meus dedos sentem um sincero constrangimento,
Numa tendência de uma longa e duradoura loucura.

Entre espirais que se brotam nas palmas da minha mão,
Meus e teus olhos se entrelaçam e nada sentem.
Por cada dia que passa nestas noites de Verão,
Me trazes frases lindíssimas que não me esquentem.

Com os olhos vidrados neste amor,
Vejo uma estrela mormente passar.
Sinto em mim um tremendo calor,
Quando apareces de surpresa para me aconchegar.

Vejo os sóis marinhos ao longe,
Que me deixam escrever as letras no teu véu.
Eu sou um simples e velho monge,
Que um dia te irei ver lá no Céu.

És para mim a esmeralda mais linda,
Que estás aqui implementada.
Esculpi em pedra a Sereia que não finda,
Minha canções que te idolatrava.



Manuel José

«« O MEU MUNDO É UM LAÇO DE TERNURA »»




« O MEU MUNDO É UM LAÇO DE TERNURA »



Meu mundo é uma casa vazia,
Abro as portas e janelas.
Possuo a alma sombria,
Mudo as cortinas, para mais belas.

Viajo na minha memória,
Vejo sempre o azul do mar.
Recordo as minhas glórias,
Quando a Lua em ti me vem afagar.

Caminho nos prados floridos,
Procurando pássaros a cantar.
Por lá encontro velhos amigos,
Trago a ventura para declamar.

Já cansado sigo meu destino,
Sem sentir qualquer reviravolta.
Aceito critica de um menino ( a ),
Aclamar-te-ei na minha volta.

Assim permaneço como uma textura,
Sereno, suave e amigo.
Não comungo nem pactuo na mentira,
Vou-me descobrindo na doce travessia.

Não vou lutar nem choro mais,
Aceito tudo que vier.
Para quem já foi além demais!
Hoje encontrei a minha paz para quem quiser.
Fiquei na assim na vida encantada,
Nesta hora da partida,
Mais feliz e abençoada
.


Manuel José