sábado, 30 de outubro de 2010

« SENTO-ME NA SAUDADE »




« SENTO-ME NA SAUDADE »


Nesta casa que Vivi,
Sinto a maior Saudade.
Nela foi aqui que eu Cresci,
Todos os instantes da minha Idade.

É a dor que nos relega amarga Amizade,
É um sentir cair de uma velha Flor.
No incenso da Contrariedade,
Quando perdemos a nossa Cor.

É o perder um Coração,
O esquecer que nos revela.
A frágil e densa Ilusão,
De como ela assim nos Vê-la.

É um vazio como a Fome,
Um sonho sonhado Docente.
Quer seja na Mulher ou no Homem,
Aquela imagem da Saudade se Sente.



Manuel José

terça-feira, 26 de outubro de 2010

«« DE BRAÇO DADO COM A VIDA »»




«« DE BRAÇO DADO COM A VIDA »»


Há pessoas que nos ensinam a olhar o Mundo,
São crianças como estas importantes.
Têm a limpeza da alma purificada no profundo,
Querem conhecer as fantasias mais relevantes.

São seres que nos trazem momentos de alegria,
Com gestos e modos suaves de ternura.
São gélidas talvez como água fria,
Mas quentes na sua tenra bravura.

São os encantos dos cantos,
A perfeição de um querer.
Formam grupos de espantos,
Tudo fazem para nos fazer crer.

São banais nas palavras que dizem,
Reais como a de uma flor.
São borboletas que se fingem,
Mesmo dando um beijinho de amor.



Manuel José

«« MINHA ARTE NÃO PARTE »»




«« MINHA ARTE NÃO PARTE »»



Quase noite, mas ainda cinzento,
O Céu me traz a energia para dançar.
Vens suave como o vento,
Deusa perfumada e bela como o luar.

Bailemos sobre patins,
Nesta praia deslumbrante.
E lá mesmo nos confins,
Na onda da música deslizante.

Vestida de branco e radiosa,
Neste escurecer que se aproxima.
Tu és a mulher mais formosa,
Minha doce, singela bailarina.

Estou vestido de gala,
Como manda a tradição.
Já quase ninguém mais fala,
Do quanto dançamos em comunhão.

Dancemos sempre sem medo,
Ofereçamos a Deus os nossos passos.
Nesta noite ainda é cedo,
Para findar a melodia dos teus traços



Manuel José

domingo, 10 de outubro de 2010

«« SONHA PASSARINHO QUE A PRINCESA É LINDA »»




«« SONHA PASSARINHO QUE A PRINCESA É LINDA »»



Neste sonho lindo,
Leve e delirante.
As folhas vão caindo,
No sonhar flutuante.


Sinto espairecer o cansaço,
De um dia desgastante.
Eu passarinho que esvoaço,
Deslizo no teu regaço confortante.


Acordo pela manhãzinha,
Quando vejo a luz brilhar.
Sou esta princesinha,
Que te espera a cantar.


Canto melodias de bom trato,
Para meu amiguinho escutar.
Refugio-me atrás de um cato,
Para me vires cá buscar.


Vem… porque amo a vida,
E quero deixar de ser passarinho.
Ando fatigado desta corrida,
Porque somente sei voar muito baixinho.


Balanço, balanço neste paraíso,
Porque lutei desta vida fingida.
Encontrei-te princesinho, com juízo,
Amor, querido da minha vida.




Manuel José

«« PARA UM ANJO DE VERDADE »»





«« PARA UM ANJO DE VERDADE »»



Queria ser o Mar altivo e forte,
Que nas rochas bate e pensa.
Com o seu tremendo porte,
Traz o cantar da sereia imensa.


Queria ser a Lua de cor intensa,
Humilde para te alegrar.
Não passo de uma sombra densa,
Que esconde o brilho do teu olhar.


Mas o Mar chora de tristeza,
Como tudo se revolta.
A Deus também se reza,
Na tua ida e na tua volta.


Hoje é Domingo de Paz,
Dia de união.
Vem amiga e traz,
Tua Alma aberta e o coração.


Sente-te feliz e orgulhosa,
Por aqueles que te querem bem.
Nesta viagem calorosa,
Porque aderiste também.




Manuel José

«« O AMOR NA LUA FLUTUA »»




«« O AMOR NA LUA FLUTUA»»


És como um barco impedido na tormenta,
No tormento que meu coração não conhece.
Tudo aquilo que em teu curso o risco aumenta,
Fala-me um pouco de ti amor e me fortalece.


Se pensar no tormento da tormenta,
Dos riscos que no meu coração desliza.
Longe te tenho meu porto de abrigo ausenta,
Já perto de ti és o porto que idealizo.


Colheremos todos os dias os riscos da experiencia,
Dos tormentos trágicos e dissipados.
Numa vaga triste de violência,
Amo-te nos dias que não tenho os teus lindos dados.


Fiz uma promessa lá no azul da lua distante,
Numa floresta sem nada eu querer.
Eras tu o meu amor esfuziante,
Que me disseste para estar ciente e crer.




Manuel José