terça-feira, 27 de julho de 2010

«« UMA MELODIA NO PARAÍSO »»




«« UMA MELODIA NO PARAÍSO »»



Eu somente queria a melodia,
Que do teu ser nasceu.
Ouvi-a, senti-a e quase perdi-a,
Quando teu amor desapareceu.


Neste trem simples mas breve,
Busquei, mas era tudo em vão.
Na minha alma sempre esteve,
Quase sempre o teu lindo coração.


Nesta estação da saudade,
Que importa meus olhos verem.
Perdi-te na realidade,
Por minhas mãos nada valerem.


Agora irei para o Paraíso,
Estarei mais perto da Lua.
Lá possuirei mais juízo,
Do que nesta Cidade nua



Manuel José

segunda-feira, 26 de julho de 2010

«« O QUE PRECISO AO AMANHECER »»




«« O QUE PRECISO AO AMANHECER »»



Preciso de alguém amigo que me olhe
Nos olhos quando falo,
Que me ouça minhas as tristezas
Neuroses com paciência,
Mesmo que não compreendas
Mas respeites meus sentimentos

Preciso de alguém amigo que brigue ao meu lado
Sem ser verdadeiramente convocada,
Que sejas suficientemente amiga
Para dizeres-me as verdades,
Mesmo que não as queira escutar
Sabendo que me podes odiar.

Preciso de alguém amigo
Neste mundo céptico
Que creia nos mistérios,
Desacreditáveis do impossível,
Da amizade mesmo teimosa,
Leal, terna e sempre justa.

Preciso de alguém amigo
Que não se vá embora,
Se algum dia perder todo meu ouro
Deixando mesmo de ser a sensação da festa,
Mas recebas com gratidão
A minha mão estendida.

Preciso de alguém amigo
Que saiba olhar para o lado
Mesmo que isto tudo
Seja somente por breve instantes,
Mas compreenda que a dado momento
Seja pouco para as tuas necessidades.

Preciso de alguém amigo
Que receba-me com gratidão,
E saiba distinguir a análise de o ser
Diante a sua patente,
Gritando bem alto
Como tudo possa acontecer.

Preciso de alguém amigo
Que também seja companheira,
Nas viagens maravilhosas
Festivas e desordeiras,
Nas guerras e fantasias
E no meio da tempestade.

Preciso de alguém amigo
Que saiba rir,
Mesmo que a gargalhada
Seja a alma a descobrir,
E me saiba escolher
Dentro daquele mundo que há-de vir.




Manuel José

quinta-feira, 22 de julho de 2010

«« A MÁSCARA »»




«« A MÁSCARA »»


Não é dia de Carnaval,
É um dia como outro, natural!...
Onde tantos retiram a farsa,
Escondida numa caminha ou na marcha.


Passou-se assim, mais um dia,
Que porventura foi de alegria.
Mas hoje entrou a falsidade,
Que anda unida à liberdade.


Os amigos celebram generosamente.
Mostrando-se cuidadosamente.
O quanto vale comunicar,
Mesmo que longe possam morar.


Mas como é maravilhoso,
Ter um amigo generoso.
Que nos proporcione a felicidade,
Desde que haja nele a solidariedade.


Não pretendo inimigos,
Quero somente amigos.
Aqueles que me saibam respeitar,
Enviando uma mensagem, p’ra me alegrar.


Mas os mascarados,
Estão indignados.
Por este dia,
Não ser eleito o da hipocrisia.



Manuel José

domingo, 18 de julho de 2010

«« SONHOS DE UM POETA »»





«« SONHOS DE UM POETA »»



Acordei, de tanto sonhar contigo,
Rapidamente esfreguei o meu olhar.
Respirei aquele sentimento preferido,
Deixando o fluir do meu coração palpitar.


Recordei os momentos passados,
Peguei numa folha de papel.
Escrevi palavras simples de amados,
Esculpidas pelo martelo no cinzel.


Como foi maravilhoso o meu sonho,
Deste simples velho escultor.
Que imenso esse teu ar tristonho,
Somente te disse…dá-me um beijo meu amor!


Mas como és fresca, linda minha donzela,
Talentosa como desejo da minha paixão.
És uma flor doce, primorosa e bela,
Por acederes aos desejos do meu coração.



Manuel José

« COMO ONTEM É DIFERENTE DE HOJE »





« COMO ONTEM É DIFERENTE DE HOJE »



Ontem como sorrias,
Hoje quase nada me dizias.
Ontem te encontrei,
Hoje, eu te busco e nada sei.


Ontem falávamos por telepatia,
Hoje perdi toda a melodia.
Ontem fui teu doce amor,
Hoje, sinto uma tremenda dor.


Ontem me deste o teu sorriso,
Hoje perdi aquele doce abrigo.
Ontem estive sereno,
Hoje me sinto tão pequeno.


Ontem foste uma princesa gentil,
Hoje ficou tudo viril.
Ontem me senti correspondido,
Hoje, me sinto neste silêncio perdido.


Ontem me surpreendeste com mensagens,
Hoje tua frieza me faz perder a coragem.
Ontem parecia ler teu pensamento,
Hoje, somente me lamento.


Ontem tudo era encantamento e magia,
Hoje afastamento, frustração, agonia.
Mas... e amanhã, queria???
Bem, amanhã será outro dia.


O quanto é diferente um dia do outro!



Manuel José

quarta-feira, 14 de julho de 2010

«« SILENCIE »»






«« SILENCIE »»



Meu doce amor iluminado,
Meu céu azul acreditado.
Tua luz faz-me ver a impureza do ar,
Sempre que me deito e fico a sonhar.


Neste piano anónimo da praia,
Nesse teu bailar do véu e o ritmo da saia.
Danças imensas melodias,
Nessas andanças das tremendas fantasias.


Mas que doçura é esse teu reino,
Do qual eu quero obter um simples treino.
Para quando aí chegar,
Nunca mais me desorientar.



Manuel José

terça-feira, 13 de julho de 2010

«« SONHOS DE UM POETA »»




«« SONHOS DE UM POETA »»


Acordei, acordei a sonhar,
Sentei-me tão contente.
Observei o teu respirar,
Nesse teu palpitar docemente.

Sentado na cama,
Peguei numa folha de papel.
Escrevi a palavra ama,
Esculpida a martelo e cinzel.

Transformei-me em poeta,
Num simples escultor.
Não escrevi uma letra,
Somente te disse…meu amor!

Como és linda donzela,
Formosa como a minha paixão.
És a flor mais bela,
Por víveres no meu coração.



Manuel José

sábado, 10 de julho de 2010

« OS MEUS POBREZINHOS »




« OS MEUS POBREZINHOS »


Meu Jesus,
Sou mãe de duas crianças.
Livrai-as da cruz,
Como daquelas lembranças.

Peço-te, meu Senhor,
Carenciadamente.
Os possas proteger da dor,
Com teu nobre gesto, suavemente.

São imensamente jovens,
Possuem um olhar mansinho.
Mas são mesmo tão pobres,
Precisam do teu carinho.

Suplico-te Meu Divino Pastor,
Que me ajudes também.
Sou mãe... sinto amor,
Sabes isso muito bem.


Manuel José

quinta-feira, 8 de julho de 2010

«« DA NUDEZ NÃO SAIREI »»




«« DA NUDEZ NÃO SAIREI »»


Era uma obstinação que beirava no absurdo,
Mas foi assim que tudo começou.
Desde aquele encontro decisivo e mudo,
Que marcou aniquilação e a inutilidade que pairou.


Nenhuma transformação ou movimento,
Sou filha de artes proibidas.
Sou a ausência deste todo firmamento,
Em cada abraço, manequim das preferidas.


Sou mulher fascínio brutal,
Que nestas passarelles vou perfilando.
Dispo-me simplesmente e natural,
Ovacionada sinto-me desfilando.


Sou manequim de vitrines,
Embrionária de eternas feituras.
Feita de carne e ossos me defines,
Menina doce mas de grandes ternuras.



Manuel José

terça-feira, 6 de julho de 2010

«« BONDADE E AMOR »»




«« BONDADE E AMOR »»


A Bondade e o Amor são duas flores lindas,
Que fazem nossa vida diferente.
Na escura, há coisas findas,
Na clara existe um acto exigente.


Como é bom doar um pouco,
Quem ama vive para dar.
Quem é bom compadece o louco,
Quem ama até o ajudar.


Quem é bom sorri p’ra sempre,
Quem ama faz logo sorrir.
Quem é bom está contente,
Por ajudar mesmo que possam fluir.


Quem é bom põe rosas em nossos caminhos,
Quem ama transforma nossos caminhos rosas.
Quem é bom vai connosco até aos espinhos,
Quem ama fica cor-de-rosa.


Quem ama não deixa errar,
Quem é bom não decepciona.
Quem ama jamais fica adorar,
Tua verdade me impressiona.


Não basta ser bom para se Amar...
Mas amar de verdade.
Com o coração e a alma sempre a clarear,
Ser mesmo filantropo da vaidade.


E sentir que àqueles que oferecemos o amor,
Pode ficar mais feliz para na vida.
Deus te ama, sim senhor,
Mesmo quando o feres minha querida.



Manuel José

«« COMO AQUECER A ALMA! »»




«« COMO AQUECER A ALMA! »»



Para cada palavra um sentimento,
Para cada sentimento uma dor.
Para cada dor um lamento,
Para cada flor um amor!

Para um amor uma flor,
Para uma flor a esperança.
Para esperança nada de dor,
Para paixão a discrepância.

Para ilusão uma longa luz,
Para uma luz o amanhecer!
Cada palavra a sua cruz,
Em cada dia ao adormecer.

Cada sentimento tem sua fase,
Cada dor tem seu coração!
Cada coração tem seu dono base,
Cada dono tem um amor de eleição.

Cada amor tem uma surpresa,
Cada surpresa tem uma razão.
Cada razão vem da natureza,
Em cada ser há uma sensação.

Para cada amor há um coração,
Para cada coração há uma vida.
Para cada vida há uma doação,
De alguém que ama e está perdida.



Manuel José

“” UMA MANHÃ DE INVERNO “”




“” UMA MANHÃ DE INVERNO “”



Era uma manhã de Inverno,
Começava o dia cinzento.
Na janela a observar este esfriamento,
Onde soprava somente o vento.

Olhei mas afincadamente para este leito,
Quis ver o que se demais passava.
Senti ar no meu pequenino peito,
Quando te via na rua postada.

Como fiquei encantado,
Com tal beleza que vi.
Não sei o que lá faltava,
Até em ti, uma rosa em vi!

Vi, teu sorriso mais lindo,
Encantado pela neve que caía.
Neste dia tão frio caindo,
Nada na rua havia.

Havia somente a chuva,
Que caía com muita intensidade.
A ela eu lhe pedia… chuva,
Para ver o teu rosto na realidade.

Como se Deus me tivesse ouvido,
A cada minuto clareava.
Fiquei assim mais feliz e crescido,
Por tudo aquilo que contemplava.

És a flor mais radiante,
Que da janela encontrei.
Não saí de lá por qualquer instante,
Porque até um passarinho adorei.



Manuel José

«« MAR da POESIA »»




«« MAR da POESIA »»


Tens um olhar misterioso,
com esse ar nevoento,
Não sei se indeciso ou duvidoso,
Meu horizonte
Minha flor, meu orçamento.

A tua face azul e cor-de-rosa,
Tem um colorido esquivo
Possui uma ou outra nota oficiosa.
De quem se sente bem nos teus braços
Em cada saldo positivo.

Mas em tuas ondas eu choro
Seu regresso natural,
Não abandono o padrão do ouro,
Amor flor desta principal porta regional
No sentido mais racional.

Não sei porque me desprezas,
Fita-me somente num instante
Lindas são as despesas,
Desta ebulição flutuante,
Das mais diversas firmezas.



Manuel José

sexta-feira, 2 de julho de 2010

« TER OU NÃO TER A RAZÃO DO AMOR »



« TER OU NÃO TER A RAZÃO DO AMOR »



Eu amo-te porque tenho razão para isso,
Não precisas ser verdadeira amante,
Porque elas nem sempre amam,
Eu amo-te porque te amo de verdade,
Porque é um sentimento na realidade,
Em estado de graça e saudade.

O meu amor é ofertado,
Ninguém o pode exigir nem pagar,
É semeado no ar,
Para fluir ao vento,
Caindo na terra do teu encantamento,
No teu coração tão levemente.

Esta razão deste amor,
Foge a dicionários e ao calor,
Congela nos arvoredos em flor,
Mas assume vários congelamentos,
Com respeito e acarinhamentos,
Onde desfruta a razão do viver e do crer.

Esta é assim a razão,
Porque o Ódio é parente do Amor.
Desejando a morte em formação,
Quando se sente como um vencedor.



Manuel José

## NÃO SOU POETA… SOU REFÚGIO ##




## NÃO SOU POETA… SOU REFÚGIO ##



Não sou poeta podes crer,
Sou… um ser verdadeiramente normal.
Que nem tudo pode querer.
Tentando em cada dia ser racional,

Sou a poesia marcante,
que sempre tenta rimar.
Nesta hora deslumbrante,
Estou em sintonia com o mar.

É da Psicologia que desejo,
que marquem o itinerário.
deste mais belo ensejo,
de um novo calendário.

Devato... com sinceridade,
toda e qualquer decisão.
Para o julgamento da igualdade,
Entre a força do meu e teu coração.



Manuel José

## QUEM ÉS TU? ##




## QUEM ÉS TU? ##



TU, que estás a todo o momento
Predominando em meu pensamento!
TU que vieste de uma necessidade...
Que eu tinha de me preencher!

TU que ocupaste todo o vazio,
De uma alma em decadência...
Fizeste florir no árido espírito,
Uma nova esperança de vida!

Deste a uma epopeia novo rumo!
Onde o amor não é sombra,
Nem nuvem passageira...
No predomínio chamado destino!

TU que ouves os queixumes,
Dos resíduos do meu passado,
Que o vento tempo levou...
Deixando a fria dor saudade!

No compasso desta vida.
Traçando rotas serenas!
TU desenhaste em nanquim,
Na tela da louca existência...
Novos caminhos para mim!

TU tornaste-te meu vicio,
Meu profundo desejo insano...
De querer, de viver e sonhar!
Os mais lindos sonhos de paixão...
Deste incorrigível coração!

És TU somente TU...



Manuel José

« COISAS QUE NUNCA MAIS ACONTECEM »




« COISAS QUE NUNCA MAIS ACONTECEM »



Esta semana é minha, esta manhã é tua,
Respira fundamente, esse ar tão leve e frio.
que vem ali da praça e que atravessa a rua,
e vai levando as folhas para o meio fio.

Vem à porta comigo e vê o que flutua,
a nuvem cuja forma diz que está no cio.
Abraça-me em silêncio e no silêncio frua,
essa nossa manhã - longa semana de estio.

Depois vamos sair que a vida nos espera.
O dia vai passar e é bom que enquanto passa
lembremos da manhã - o que nos retempera.

E depois, ao voltar, a gente se adivinha,
pois indo olhar lá fora um ao outro se abraça
nesta noite que é tua, nesta noite que é minha...



Manuel José

« SÓ… COITADINHA »




« SÓ… COITADINHA »


Como eu tenho pena da Lua!
Como também da Selecção.
Quando vestida de branco ou nua,
Fez chorar meu pobre coração.

Na Lua não há copa para ninguém,
Mas na África do Sul tudo p’ra gastar.
Por aqueles que de lá vêem,
Nós é que vamos pagar.

Só triste, coitadinha…
A minha selecção.
Veio demoralizadinha,
Passar as férias de Verão.

Resolvi ir à janela,
Para ver o avião chegar.
Vejo Cristiano sem ela,
A Taça que ficou p’ra congelar.



Manuel José