
«« AS MINHAS ILUSÕES DO PÔR-DO-SOL »»
Está na hora sagrada dum entardecer,
É Outono, estamos à beira-mar, cor de safira.
Soa no ar a semblante e invisível lira ...
O Sol está tão doente a enlanguescer !...
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Uma vaga junto ao farolva estende os braços a suster,
Numa dor de revolta cheia de prazer e de ira.
A loira cabeça de menina que me delira,
Num último suspiro, me faz estremecer!
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O Sol quase a morrer ... e veste de luto o mar ...
E eu vejo a urna de oiro, a balouçar,
Na flor das ondas, num lençol de espuma.
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Ondes as minhas Ilusões, doce tesoiro,
Também as vou ver levar em urna de oiro,
No mar da Vida, assim ... uma por uma ...
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E tu somente mais uma,
Longa e eterna noite me vais aparecer.
Neste pequeno dia sem mais nenhuma,
De querer somente a ter ao amanhecer.
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Já são horas de ir para casa,
Toda a gente me espera.
Só tu dona de casa,
Foste a Rainha da minha longa Primavera.
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E neste momento que te perdi,
Nada mais sei o que dizer.
Para sempre desapareci,
Do teu pensamento farol menina de eu querer mover....
Manuel José
TE AMO E JAMAIS TE ESQUECEREI BJS GENI
ResponderEliminarAS PRIMAVERAS TRAZEM VIDA NOVA
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Homenagem-acróstica
Soneto-sáfico-heróico n.º 2702
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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Tempo de outono; a folha cai ao chão;
vai para o lixo; fica seca aos cantos,
logo apodrece, triste sem ilusão,
só vira adubo, perde seus encantos...
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E lá no escuro, chora e quer razão,
pois sente frio, não tem mais seus mantos;
Depois da chuva, segue em contramão
e fertiliza o solo, seca os prantos...
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Mas a semente chega à terra arável,
entre os estercos mora até brotar
a LINDA FLOR que traz a cor estável...
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E no buquê de sonhos é escolhida!
No aniversário canta e quer dançar:
-As primaveras trazem nova vida.